domingo, 17 de junho de 2012

Nos caminhos da Serra do Cipó - Parte 02

Casa de D. Ana Benta – Casa de Seu Zé de Olinta
No 2o. dia em nossos caminhos pela Serra do Cipó, acordamos com a neblina tomando conta da região. A bruma ocultava as paisagens, mas trazia aquela sensação de desafio que nos anima a superar as dificuldades de uma caminhada.
Mochilas arrumadas e com um café leve aquecendo o corpo e a alma, nos despedimos de D. Ana Benta e seguimos para nosso próximo destino.
Iniciando a caminhada - Serra do Cipó Início da caminhada 2o. dia - Serra do Cipó
Início da caminhada …
… com muita neblina
Durante o percurso, percebemos que existem várias trilhas demarcadas, resultados da passagem de pessoas e animais que transitam na região, o que pode confundir um pouco quem não conhece o local.



Subida             Uma pausa para descanso…
Pouco tempo depois, subimos um trecho de serra - o mais exigente do percurso neste dia, sempre acompanhados pela umidade e névoa, o que desaconselhava sacar a máquina fotográfica.
Com 3h de caminhada, chegamos à casa de Seu Zé de Olinta. Um senhor simpático, CasaZeOLintaque adora conversar e receber bem seus hóspedes. Mais uma vez, a disponibilidade de um quarto nos fez desconsiderar o uso da barraca, que ao final foi e voltou arrumadinha na mochila.
Fizemos um pequeno lanche com queijo e o famoso café, onde Seu Zé coloca cravo-da-índia na fase final da torrefação, deixando a bebida com um aroma característico, mas sem prejudicar o sabor – ótimo.


IdaTabueiroCimaCaminhando rumo à Cachoeira do tabuleiro
Após um breve descanso e sem o peso das mochilas, seguimos para o atrativo maios do dia – a Cachoeira do Tabuleiro – com seus 273 metros de queda d’água (a 3a. maior do Brasil). Ainda meio desconfiados pelo tempo, que insistia em cobrir tudo com seu manto de névoa, fomos animados por Seu Zé: “O tempo vai abrir, sô…”. E a experiência de quem vive há muito tempo no local prevaleceu: o sol deu o ar da graça e pudemos contemplar belas paisagens
O percurso até a Cachoeira do Tabuleiro é exigente pela declividade e irregularidade, mas é mais do que compensador. belas paisagens, belos espécimes da flora e a expectativa de ver imagens como estas:



TabuleiroCima1
Visão a partir do mirante
PessoasTopoTabuleiro  Pessoal próximo à borda. Nós também fomos lá
Passamos pouco tempo no mirante, alertados pelo Rodrigo Mello, nosso condutor, sobre a necessidade de chegar em tempo à parte de cima da Cachoeira. Quando o volume de água permite (como foi no nosso caso \o/), é possível seguir o curso até a borda e até tomar banho em um pequeno lago protegido, bem próximo à queda – um bônus mais que especial, que nós curtimos muito.
Cachoeira do Tabuleiro - Serra do Cipó
Com cuidado, a caminho da borda da Cachoeira –
Foto de Rodrigo Mello
Cachoeira do Tabuleiro - Serra do Cipó  Pequenas quedas d’água no curso
Cachoeira do Tabuleiro - Serra do Cipó                Águas seguindo para a borda Cachoeira do Tabuleiro - Serra do Cipó                Visão do lago próximo à borda
Cachoeira do Tabuleiro - Serra do Cipó
Queda d´água vista do topo. Lá embaixo estava o destino do 3o. dia – Foto de Rodrigo Mello
Visão de cima
Visão lá de cima
Por do Sol na Serra do CipóDepois do banho e de apreciar o visual, iniciamos a volta, com a intenção de não percorrer o caminho de volta no escuro. Contudo, todo o trecho irregular e íngreme que percorremos na ida, tivemos que subir na volta e o cansaço do dia cobrou seu preço, de modo que o ritmo foi mais lento e chegamos à casa de Seu Zé de Olinta no início da noite. Não sem antes apreciar um bonito Por do Sol no caminho.
ZeOlinta
Seu Zé de Olinta
Ao final de uma caminhada, nada como um bom banho, aquecido pela serpentina que sai do fogão a lenha. Antes do descanso, também provamos mais especialidades da casa: um ótimo suco de limão capeta (ou limão rosa) e um jantar excelente, ambos preparados com maestria por Seu Zé, que também nos divertia com boas conversas.
No próximo post, o último dia da Travessia, com a visita à parte baixa da Cachoeira do Tabuleiro.
Veja também o relato do 1o. dia neste post

8 comentários:

  1. Oi, Jodrian. Tudo bem?
    Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem.
    Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com

    Até mais,
    Natalie - Bóia Paulista

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oba!!! Muito obrigado Natalie. É sempre uma grande honra fazer parte desta seleção. Muito obrigado :)

      Excluir
  2. Oi Jodrian,

    Muito legal o seu relato sobre a travessia! Deve ser fantástico ver a Cachoeira do Tabuleiro de tão perto assim. Um dia eu ainda quero fazer essa travessia.

    Abraços,
    Lillian.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado Lillian,
      Vale a pena. É uma travessia que permite várias possibilidades e nos mostra um ambiente muito bacana. Em breve postaremos o 3o. trecho.
      Abraços
      Jodrian

      Excluir
  3. Respostas
    1. Obrigado Oscar. E esse elogio vindo de um ótimo fotógrafo como você me enche de orgulho!!.
      Abraço
      Jodrian

      Excluir
  4. Legal d+ Jodrian!

    Nada melhor do que chegar na casa do Seu Zé depois de um dia de caminhada, tomar aquele banho quente e depois ficar conversando com ele ao lado do fogão a lenha!

    Que saudades de lá!

    Abs,
    José Henrique

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É isso mesmo. Dá vontade de passar mais dias por lá, ouvindo as conversas e apreciando a hospitalidade de Seu Zé.
      Abraço
      Jodrian

      Excluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...